A Cividade de Terroso é considerada um Imóvel de Interesse Público.
Esta elevação de 153 metros de altitude regista um longo período de ocupação (séc. VIII a.C. – séc. III d.C.) e forneceu já importantes elementos de estudo para a história dos povos castrejos e da implantação romana.
O povoado fortificado mostra uma organização defensiva constituída por três linhas de muralhas. A plataforma central da Cividade era circundada por um forte sistema defensivo constituído por dois muros paralelos construídos com grandes blocos e pedras de tamanho médio sem argamassa, com as faces exteriores de aparelho regularizado e o intervalo entre ambos preenchido com saibro.
As outras duas linhas defensivas são reconhecíveis por desníveis e afloramentos de muros. Na plataforma central, o ordenamento urbano mostra um arruamento lajeado axial pelo centro do povoado, parecendo cruzar-se e formando, assim, quatro grandes unidades. Cada um destes quadrantes está dividido em núcleos familiares constituídos por várias construções em torno de um pátio quase sempre lajeado.
A primeira intervenção deu-se nos inícios do século XX por iniciativa de Rocha Peixoto e, desde 1980, vêm-se realizando trabalhos arqueológicos tendentes à sua escavação, estudo e valorização.
Junto à Cividade de Terroso está localizado o Núcleo Interpretativo, mas é no Museu Municipal que se encontra em exposição o espólio mais significativo resultante dos trabalhos arqueológicos.