A Ribeira Sacra lucense abrange os seguintes treze municípios do sul da província de Lugo: A Pobra do Brollón, Bóveda, Carballedo, Chantada, Monforte de Lemos, O Saviñao, Pantón, Paradela, Portomarín, Quiroga, Ribas de Sil, Sober e Taboada.

 

Do ponto de vista geográfico, este território acolhe os profundos vales fluviais que o Sil e o Minho escavaram ao seu passo por estas terras. Durante a Idade Média, diferentes comunidades religiosas escolheram este espaço como lugar de retiro espiritual, fundando mosteiros e iniciando a atividade de cultivo da vinha, uma atividade que, aproveitando as condições vantajosas oferecidas pelo desnível do terreno e pelo microclima dos vales fluviais, permanece até hoje como o melhor exemplo de convivência entre a paisagem e os habitantes de um território declarado Paisagem Cultural e Reserva da Biosfera, e que em 2026 será o candidato da Espanha à declaração de Patrimônio da Humanidade.

Os valores ambientais do território são reconhecidos, além disso, por diferentes figuras de proteção que abrangem aqueles espaços de maior singularidade biológica e geomorfológica: a Zona de Conservação Especial do Rio Cabe, o Monte Faro, o Canhão do Sil e o Geoparque Mundial da UNESCO Montanhas do Courel, com formações naturais de notável valor científico como o Dobramento de Campodola Leixazós, declarado Monumento Natural.

No que se refere ao Patrimônio Cultural, a Ribeira Sacra constitui um dos enclaves de maior concentração de românico rural do continente europeu, um valor ao qual se somam outros bens que testemunham a passagem de diferentes culturas pelo território ao longo da história, como o túnel de Montefurado ou castros como o de Cereixa ou Fión, além do Caminho de Santiago, presente com duas rotas oficiais, a Francesa e a de Inverno, os centros históricos de Monforte e Chantada e a significativa oferta museológica na qual sobressaem equipamentos culturais como o Ecomuseu de Arxeriz, o Museu do Ferroviário, o Centro do Vinho, o Pazo de Tor ou os Museus Geológico e Etnográfico de Quiroga ou a Reitoria de Gundivós, com demonstrações de olaria ao vivo.

No que se refere ao património imaterial, na Ribeira Sacra destacam-se fundamentalmente as festas de exaltação dos produtos gastronômicos locais, principalmente o vinho com Denominação de Origem Protegida (Sober, Pantón, Quiroga, Chantada), o azeite e o mel (Quiroga), a carne ao caldeiro (Carballedo), o caldo de ossos (Taboada), a aguardente (Portomarín) e a cereja em Ribas de Sil e Belesar, além de outras manifestações culturais singulares como o Entroido Ribeirao, o Oso e Salcedo, o Folión de Carros ou a Queima das fachadas.

 

DESTAQUES DA RIBEIRA SACRA LUCENSE

  1. PAISAGENS AQUÁTICAS (RIOS SIL E MIÑO)
  2. CENTROS HISTÓRICOS DE PORTOMARÍN, CHANTADA E MONFORTE DE LEMOS
  3. ROTAS FLUVIAIS PELO MINHO E SIL
  4. ROTA DOS MIRANTES (RIOS SIL E MINHO)
  5. ARTE ROMÂNICA
  6. ENOTURISMO: VISITA A ADEGAS
  7. TURISMO ATIVO / DESPORTIVO (caminhadas, desportos aquáticos, golfe, hipismo…)
  8. OLARIA DE GUNDIVÓS
  9. MUSEUS
  10. CACHOEIRAS (AUGACAÍDA, FONDÓS, ROTA DAS CACHOEIRAS DE QUIROGA)
  11. MURAIS DE ARTE URBANA E ESGRAFIADOS
  12. CAMINHOS DE SANTIAGO (CAMINHO FRANCÊS E DE INVERNO)