Construída no século XII na beira do rio Sar é, junto com a Catedral, a igreja que conserva a maior parte da sua primitiva fábrica românica.

No exterior chamam a atenção os robustos arcobotantes construídos entre os séculos XVII e XVIII para proteger os muros setentrionais e evitar o seu derrubamento: quer fosse por um erro técnico na construção, pela atrevida elevação das naves laterais, pela deslocação do instável terreno sobre o qual se assenta (com frequência é inundado pelo rio), ou por vontade daqueles que trabalhavam na sua construção, os muros e as colunas interiores estão visivelmente inclinados, o que lhe atribui um singular atractivo e obrigou a fazer de novo a abóbada de canhão no século XVI.

O interior, de formosas proporções, impressiona todos os que a visitam pela inclinação das colunas em direcção às naves laterais, oferecendo sensação de instabilidade. A pia baptismal, à direita da porta principal, é uma interessante peça arqueológica do século XII.

Através da sacristia pode-se aceder ao claustro, o único que possui a cidade em estilo românico. Só se conserva uma das alas, o resto pertence aos séculos XVII e XVIII. Dentro está exposta uma importante colecção de peças arqueológicas e litúrgicas.