Encontra-se classificado como Monumento Nacional desde 1910. Todos os estudos referentes ao Solar de Mateus são unânimes em considerá-lo uma das obras mais significativas da arquitetura civil portuguesa do período barroco.

Na realidade, e apesar das muitas questões de autoria que permanecem por esclarecer, certo é que, neste sumptuoso solar, estão presentes todos os elementos que caracterizam a arquitetura barroca, nomeadamente, a simetria, a axialidade, os frontões interrompidos, as balaustradas, as escadarias e os elevados pináculos.

Não se sabe ao certo em que data é que a Casa começou a ser construída, mas é certo que a sua conclusão se verificou em 1744, a Capela foi terminada em 1750, data que coincide com a época em que o arquiteto italiano Nicolau Nasoni trabalhou na zona, a quem é atribuída a autoria da obra. Esta não é, no entanto, uma questão pacífica uma vez que, se por um lado, existe uma aproximação evidente entre este imóvel e os restantes trabalhos do arquiteto, por outro, há quem considere que a profusão decorativa na fachada de Mateus e a utilização de diversos elementos arquitetónicos são completamente estranhos a Nasoni, podendo ter sido executadas posteriormente.

Atualmente, a Casa de Mateus é administrada pela Fundação com o mesmo nome, fundada em 3 de Dezembro de 1970, e dirigida pela família, organizando diversas atividades de âmbito cultural, para além de conservar a biblioteca e o museu.