Guimarães tem no seu espólio um elevado valor patrimonial, com camélias únicas na Europa pela sua espécie, raridade e dimensão, pelo que, se aconselha uma visita gratuita aos seguintes locais: Casa do Costeado; Palácio Vila Flor; Largo Martins Sarmento (Largo do Carmo); Viveiros Flavius; Quinta de Margaride e Cerca do Mosteiro de Santa Marinha.

Camélias: Origens e História
As camélias são originárias do extremo oriente, sendo a maioria das espécies da China. A designação do género Camellia foi o resultado de uma homenagem de Lineu ao grande botânico Josef Kamel, que na nomenclatura botânica permitiu que na combinação binária formada pelo nome do género fosse incluído o seu nome seguido de um epiteto especifico, a origem (Camellia japónica L.). Na Europa, as camélias são praticamente conhecidas, exploradas e utilizadas como plantas de vocação ornamental (flores e folhagem). No entanto, a Camellia sinensis é conhecida como planta do chá ou chazeiro, cuja produção é dirigida exclusivamente para as folhas, que uma vez preparadas são utilizadas em infusão e a sua exploração na Europa dá-se apenas na ilha de S. Miguel nos Açores. A data exata de chegada das primeiras plantas vivas de camélias ornamentais à Europa não é conhecida, embora existam algumas evidências devidamente referenciadas. Desde o início do séc. XVI, que há notícia de contacto de portugueses com o sudeste asiático, designadamente por Afonso de Albuquerque e em 1543 os portugueses foram os primeiros europeus a chegar ao Japão, mantendo-se como mercadores e missionários por vários anos (1638). No entanto, é só no século XIX que se assiste à grande divulgação das camélias na Europa.

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