A igreja, que pode ter sido fundada em 1164, de acordo com a data inscrita por detrás do retábulo-mor. De acordo com os dados documentais, apenas se acredita a presença da Ordem do Santo Sepulcro no lugar, que adquiriu grande importância em meados do século XV como cabeça de uma encomienda até ser substituída pela Ordem de São João de Jerusalém, quando passou a depender da encomienda de Pazos de Arenteiro.

A igreja é românica rural, com planta em cruz latina e nave única, formada por quatro tramos limitados por grossos contrafortes que pouco sobressaem da parede exterior. Sobre a nave, há um telhado de duas águas em madeira. O remate exterior apresenta um campanário com dois arcos.

Nota-se um certo ar de monumentalidade, pois a proporção da sua altura em relação à planta é superior aos padrões da zona. A abside é semicircular, com três grandes janelas enquadradas por colunas duplas com capitéis vegetalistas, que suportam arcos semicirculares. A decoração exterior inclui ainda mísulas com motivos vegetalistas e geométricos e representações de animais e seres fantásticos.

A poente, a fachada principal com modilhões que suportam a cornija e, a meio, metopes com rosetas. A entrada principal da igreja tem três arquivoltas assentes em colunas com capitéis com motivos geométricos, vegetalistas e animalistas. O tímpano de duplo lóbulo está inscrito com uma cruz patriarcal num círculo e assenta sobre duas molduras.

Na fachada norte, a porta tem também um tímpano com duas cruzes e um motivo floral, que assenta sobre duas molduras simples e lisas. Abre-se com um arco semicircular que foi reformado com base num arco composto primitivo que lembra o estilo moçárabe. Duas colunas com capitéis completam o conjunto.

É considerado Bem de Interesse Cultural desde 29 de março de 1946.