Por onde começar quando se procura evolução e continuidade? São dois conceitos que coabitam ou podem mexer com a velocidade da evolução? Num ano em que vivemos a Capital Portuguesa da Cultura, Braga 25, cidade que prima pelas tradições, que se recheia por rituais culturais e sociológicos tem a seus pés, por outro lado, uma efervescência das novas gerações que encontram lugar e voz.
O investimento educacional das últimas décadas surte os seus efeitos e o sumo que deste é brotado tornou-se no fortificante das manifestações culturais. A evolução é necessária à compreensão do valor da continuidade, enriquecendo-a, dando-lhe novas dimensões e roupagens. A velocidade é intrínseca à vontade e ao impulso criador, o facto de o abraçarmos é por si só sinónimo de procura de harmonia, iniciativa e, contrariamente a uma primeira abordagem inveterada, irreverente! Estando alinhados com estes pressupostos, esta edição quer bradar voz, ter voz, dar voz, ser voz! Teremos várias leituras e interpretações desta voz musical e artística!
Com a presença de emergentes artistas laureados no panorama internacional, artistas de renome que nos trarão novas leituras com os seus mais recentes projetos. Palcos para os mais jovens estimularem o seu veio cultural e artístico e workshops relançando parceiras bem sucedidas e novos colaboradores.
O enquadramento perfeito para a nossa IV Edição é o Mosteiro de Tibães que mostrou ser o eco ideal para esta voz que se insurge. Uma repetição que chega com variações, como na música, que nos mostra as suas infinitas nuances e que nos surpreende sempre com tanta beleza e empoderamento patrimonial e artístico.