Romaria em Honra de Nossa Senhora d’Agonia | Festas d’Agonia
A Romaria d’Agonia, sempre em torno de 20 de agosto, é considerada a maior romaria de Portugal com uma afluência superior a um milhão de visitantes durante os dias da festa. A verdade é que as Festas em Honra de Nossa Senhora da Agonia são o expoente máximo das tradições, dos usos e costumes de Viana do Castelo.
Entrar na Romaria é sentir a genuinidade de todos aqueles que se entregam de forma abnegada à preparação e participação dos vários quadros: nas procissões, nos desfiles, no cortejo e nos festivais que integram a festa, tornando-a verdadeiramente única.
O Desfile da Mordomia é um dos destaques, apelidado como a maior montra de ouro ao ar livre. E nem só do traje, com as várias cores consoante a freguesia e o estatuto, vive este desfile, já que que o ouro que adorna a beleza destas mulheres é ‘obrigatório’, variando apenas a quantidade.
O fogo-de-artifício e a inesquecível serenata são outros momentos que cativam milhares e que apaixonam vianenses e visitantes, ano após ano. O folclore, os cabeçudos e gigantones ao som dos bombos e Zés p’reiras, o arraial espontâneo, as procissões e o cortejo, são parte integrante de todo o programa que faz desta festa um dos ex-libris da região.
Uma festa secular que não pára de crescer
As origens da Romaria d’Agonia remontam a uma via-sacra referenciada em documentos do século XV. Nesse local foi construída, em 1674, a Capela do Bom Jesus do Santo Sepulcro. A devoção surgiu em 1751, quando a imagem da santa entrou na capela, o que fez aumentar de forma considerável o número de promessas e ofertas, mantendo-se até aos dias de hoje como padroeira dos pescadores.
A igreja dedicada à santa começou a ser construída em 1774 e, nove anos mais tarde, a Sagrada Congregação dos Ritos concedeu licença para que todos os anos pudesse ser celebrada naquele local, a 20 de agosto, uma missa solene, dia que, ainda hoje, é feriado municipal.
Nos moldes próximos dos atuais, a festa surgiu em 1823 e o primeiro desfile do traje surgiu em 1906. Dois anos depois o programa incluiu, pela primeira vez, a parada agrícola, antecessora do atual cortejo histórico-etnográfico. Em 1968 realizou-se a primeira Procissão ao Mar, outro dos números mais emblemáticos, com dezenas e dezenas de embarcações de pesca a levarem a imagem da padroeira ao mar e ao rio. Também a Feira Franca da festa é bem antiga, contando já com mais de 250 anos de existência.
A Romaria d’Agonia recebeu em 2013 a Declaração de Interesse para o Turismo.