De 17 a 24 de junho, Braga celebra mais uma edição das seculares Festas de São João, um momento único de expressão coletiva que, nas palavras do presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, “soa a paixão, a ambição e soa a Braga”. Esta celebração, com raízes medievais, é hoje um dos maiores eventos culturais do país, distinguindo-se pela sua longevidade, autenticidade e dinamismo.

Profundamente enraizado na memória coletiva da cidade, o São João de Braga continua a constituir um dos mais expressivos testemunhos de expressão comunitária, onde a luz, a cor e a alegria invadem as ruas da urbe bracarense durante oito dias.

O programa combina tradições intemporais e momentos emblemáticos, como o Carro das Ervas, o Auto do Carro dos Pastores e a Dança do Rei David, com figuras icónicas como gigantones e cabeçudos, zés p’reiras, cavaquinhos e concertinas, grupos folclóricos, cantares ao desafio e bandas filarmónicas.

E são todas estas tradições que farão parte da candidatura do São João de Braga ao Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, cuja apresentação está agendada para 20 de junho.

No cartaz musical deste ano destacam-se artistas como Tony Carreira, Diogo Piçarra, Ágata, Sons do Minho, Katia Guerreiro, Os Pêgas, Ana Lua Caiano e Bandua, bem como os grupos bracarenses Canto D’aqui e ‘Origem’ Tradicional.

Em 2025, o cartaz e as ornamentações sanjoaninas destacam a evocação dos quadros bíblicos junto ao Rio Este, nomeadamente o Batismo de Cristo e a imponente figura de São Cristóvão, elementos visuais de finais do século XIX que continuam a marcar o imaginário bracarense.

No ano em que Braga é Capital Portuguesa da Cultura, o São João enaltece a criação artística nacional e a Gala Sanjoanina será marcada por um espetáculo único que cruzará as sonoridades e tradições musicais de todo o país, do Minho aos Açores.

A figura marcante do Mestre José Veiga será também homenageada, no centenário do seu nascimento, reforçando laços entre memória, cultura e identidade. Em 2025, as Festas de São João de Braga preparam o seu reconhecimento no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, o que legitima a sua relevância singular no contexto das romarias tradicionais.

Alguns números:

  • 8 dias
  • 200 horas de programação
  • 365 entidades envolvidas
  • 10.000 pessoas envolvidas
  • 7 cortejos