De origem medieval, estes jardins são hoje um dos recantos que ainda conservam o encanto dos finais do século XIX e início do século XX, com magníficos exemplares da arquitectura modernista. Atravessada pela rua do Progreso, a parte alta chama-se Jardins do Bispo Cesáreo, e é centrada por uma bela fonte proveniente do Mosteiro de Oseira. Num canto, uma escultura dedicada ao escritor Eduardo Blanco Amor parece contemplar o passeio tranquilo desta alameda, como uma transição entre a Ourense moderna e medieval.

O local dos conselhos, que eram reuniões de bairro onde se discutiam os assuntos públicos da cidade medieval (a palavra conselho vem de concelho), foi também a Horta do Concello plantada com oliveiras. O Hospital de San Roque foi instalado na parte central, e com a abertura da antiga estrada Vigo-Villacastín, hoje rua do Progreso, foi transformado num espaço urbano onde foram construídos grandes edifícios representativos da época, entre os séculos XIX e XX. O ideal estético da poderosa burguesia local da época pode ser sentido nas obras dos arquitetos da época, Daniel Vázquez Gulias (Casa Román, com sua bela galeria; o Hotel Barcelona; a Casa Junquera) e Manuel Conde (o Mercado de Abastos) entre outros. Destaca-se também o conjunto do novo Paço do Bispo, projetado no final do século XIX por Queralt, que foi concebido como seminário.