O Centro histórico de Guimarães está associado ao nascimento da identidade nacional portuguesa no século XII. É um exemplo excecionalmente bem preservado da evolução de uma cidade medieval para uma cidade moderna. A rica tipologia construída mostra o desenvolvimento da arquitetura portuguesa entre os séculos XV e XIX, com a utilização contínua de técnicas e materiais de construção tradicionais. Foi declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO em 2001.
A Zona de Couros, como extensão do Centro Histórico de Guimarães, entrou para a Lista do Património Mundial da UNESCO. A aprovação foi anunciada a 19 de setembro de 2023 em Riade (Arábia Saudita), durante a 45ª Sessão do Comité do Património Mundial.
O centro histórico de Guimarães é Património Mundial desde 2001, mas agora duplica a sua área classificada (de 19 para 38 hectares), com um espaço de proteção entre a Veiga de Creixomil e a Penha. Ao património entre muralhas junta-se assim a história industrial de manufaturas e curtumes ao longo do rio de Couros.
A Zona de Couros foi, no século XIX e na primeira metade do século XX, um importante e dinâmico núcleo da indústria de transformação de peles em couros, com uma produção assente em técnicas tradicionais e no labor manual. Dessa época remanescem secadouros e tanques de tinturaria a céu aberto, mas também edifícios. A reabilitação de antigas fábricas na área da indústria dos curtumes deu lugar, por exemplo, a uma Pousada da Juventude, aos Instituto de Design e ao Centro de Ciência Viva de Guimarães.