O Mosteiro de Travanca impressiona pelas suas dimensões, sobretudo a Igreja, edificada no século XIII.
Associado à linhagem dos Gascos, a que pertencia Egas Moniz, o aio de D. Afonso Henriques, constituiu um dos mais poderosos institutos monásticos da terra de Sousa durante a Idade Média.
No exterior da Igreja, de três naves, impõe-se o portal principal, rasgado em corpo saliente, encimado por cornija sobre modilhões retangulares e ornado com mísulas [pedras salientes de apoio] em forma de cabeças de bovídeo. As arquivoltas possuem toros diédricos e nos seus capitéis estão representados aves com pescoços enlaçados, serpentes, figuras humanas e monstros que tragam homens desnudos.
O portal lateral norte mostra uma composição semelhante.
O interior é composto por diversas soluções artísticas e arquitetónicas do período medieval e posteriores.
A sacristia, cujo espírito barroco sobressai nos arcazes e pinturas do teto, assinala as grandes reformas iniciadas na Época Moderna.
Todavia, o que se sobressai no conjunto é a torre isolada, considerada uma das mais elevadas torres medievais portuguesas. O seu ar militar é puramente simbólico, destacando-se o seu portal ricamente lavrado, cujo tímpano apresenta uma original representação do Agnus Dei (Cordeiro de Deus), erguendo uma cruz patada.