A Rota da Citânia estende-se ao longo das freguesia de Donim e S. Salvador de Briteiros, na orla setentrional do concelho, delimitado a norte pelas montanhas de altitude média acima dos quatrocentos metros da Falperra e a zona de vale do rio Ave, a sul.Trata-se de um território que, para além de dispor de boas condições naturais para as actividades agro-pastoris, disponibiliza excelentes condições de defesa natural, condições privilegiadas para os desenvolvimentos das primeiras formas civilizacionais.
Os trabalhos arqueológicos de Martins Sarmento em Sabroso e em Briteiros, a partir de 1875, permitiram conhecer uma das mais importantes civilizações castrejas do noroeste peninsular. Os achados arqueológicos que então foram disponibilizados, e que podem ser observados na Citânia de Briteiros e no Museu da Cultura Castreja (dois espaços integrados neste trilho pedestre – PR2 Rota da Citânia), representam importantes testemunhos da complexidade civilizacional destes povos.
Dos artefactos em ouro, com decorações muito elaboradas até ao trabalho da pedra, de que são exemplos emblemáticos as Pedras Formosas, os objetos de uso pessoal, os instrumentos e alfaias usados nas atividades quotidianas, permite-nos imaginar que a civilização castreja, “matriz da identidade cultural” dos povos do noroeste possuía formas culturais e artísticas bastante evoluídas. Ao longo do rio Ave e dos afluentes Febras e Torto podemos, ainda hoje, observar alguns dos artefactos de maior utilidade na economia agro pastoril desta região – os moinhos. É, pois, na procura dos moinhos e da paisagem envolvente que o convidamos a fazer o percurso que a seguir lhe propomos.