Bem-vindo ao Ensanche e Pescaría, um passeio pela cidade no início do século XX. Ruas onde coexistem fachadas luxuosas de dois estilos da época, o estilo eclético sóbrio e a modernidade herdada do “Art Nouveau” chegado da Europa. Descubra como, em muitas ocasiões, os arquitetos misturaram os dois estilos em suas fachadas.

Passeie pelas ruas mais comerciais da cidade, situadas entre as praias e o porto, que lhe contarão como é a vida quotidiana no centro da Corunha e como era naqueles tempos de esplendor burguês.

Apresentamos A Coruña em 1900 e hoje.

Ano 1906

No mesmo ano em que José María Rivera Corral fundou a sua cervejaria na Corunha, La Estrella de Galicia, Ricardo Boán e Quellas concluíram o seu edifício modernista na popular Rua Barreira. Os primeiros emigraram para Cuba e México; o arquiteto nasceu em Cuba, esta coincidência fala da importância das Américas e do mar nesta cidade burguesa repleta, na época, de luxuosos balneários.

O Ensache

Em 1883 A Coruña iniciou a expansão da cidade com o alargamento das atuais ruas da praça de Lugo. Neste cenário, fora dos muros, formado pelos Ensanche e pela Pescaría*, a nova burguesia associada ao comércio ultramarino, constrói casas majestosas que refletem o seu poder económico. Marcaram, assim, diferenças com a aristocracia corunha que habitava os palácios da Cidade Velha. No início, as suas casas eram de um ecletismo sóbrio, e só no início do século XX é que os arquitetos introduziram as primeiras pinceladas do novo e despreocupado estilo importado da Europa Central.

Na Corunha, o Modernismo transformou as galerias tradicionais, enchendo as fachadas de cor e alegria com elementos decorativos inspirados nas formas da natureza e nos rostos femininos. A instalação da fundição Wonenburger na nossa cidade enriqueceu as varandas, portais e elementos decorativos com o ferro como elemento artístico e de identidade, na “Art Nouveau” da Corunha.

*Pescaría é a zona entre o Centro Histórico, a enseada de Orzán, o porto e a atual rua Juana de Vega.