O Parque Natural do Alvão, com 7.238,3 hectares, é uma zona essencialmente granítica com algumas manchas de xisto, possuindo ainda inúmeros afloramentos rochosos. Das linhas de água, muito encaixadas, destaca-se o rio Olo associado à famosa queda de água das Fisgas do Ermelo.
Por aqui o coberto arbóreo é variado, com carvalhais, nas zonas mais elevadas, e bosques mistos de folhosas que alternam com plantações de exóticas. Na proximidade das linhas de água, onde uma fauna variada vai beber, destaque para a presença uma bela árvore, o vidoeiro. As áreas agrícolas incluem campos de centeio (cereal de altitude), de milho e de batata, lameiros, onde se cria o gado maronês, e baldios, em que se apascenta a cabrada. Nas encostas, junto dos cursos de água, desenvolveu-se uma irrigação multicentenária que distribui a água corrente sobre todo o prado, impedindo a formação de gelo, são os lameiros ou prados de lima com elevada biodiversidade. De assinalar ainda uma vasta área de matorral.
Por aqui ocorrem plantas raras, caso da orvalhinha ou rorela (Drosera rotundifolia), espécie carnívora que cresce em terrenos encharcados pobres e margens dos cursos de água, enriquecendo a flora local. Na fauna típica das serranias do norte interior, destaque para a presença do lobo-ibérico, e de um interessante cortejo de anfíbios e de répteis. De mencionar ainda a borboleta-azul-das-turfeiras (Phengaris alcon) que habita em turfeiras e lameiros húmidos onde exista a planta genciana-dos-pauis (Gentiana pneumonanthe) e formigas do género Myrmica, que depende de ambas para completar o seu ciclo de vida.
Característicos da região transmontana, aprecie o tipo de povoamento e a arquitetura rural, de que são exemplo as aldeias de Lamas de Olo, Ermelo e Barreiro.