O conjunto histórico-artístico da vila de Ribadavia foi declarado Bem de Interesse Cultural (BIC) em 1947 pela grande conservação do património monumental, histórico e da arquitectura religiosa, popular e nobre.
No bairro judeu encontraremos a maioria dos locais de interesse. A cidade está repleta de história, templos românicos e góticos, mansões centenárias e até um castelo.
Por volta do século XI, durante o reinado do rei D. García, Ribadavia tornou-se a capital do reino. Este facto, somado à construção de importantes mosteiros próximos como os de Melón ou San Clodio e à venda do vinho O Ribeiro, que já era vendido em todo o norte da península, provocou o rápido crescimento económico da vila de Ribadavia, que atraiu os primeiros judeus a se estabelecerem lá.
A primeira vez que há provas escritas da presença de judeus em Ribadavia é no documento Froissant Chronicles sobre a Guerra dos Cem Anos, onde é mencionado que cristãos e judeus lutaram juntos contra o exército inglês do duque de Lancaster.
A partir do século XV começaram a haver mais menções à presença judaica em Ribadavia. Fala-se da existência aproximada de 13 famílias, ou seja, um núcleo relativamente pequeno.
Em 1606, após a expulsão de grande parte da comunidade judaica, aqueles que fingiam ter-se convertido ao cristianismo tiveram que fugir da perseguição que a Inquisição levava a cabo. Apesar disso, 28 judeus foram finalmente julgados em 1608 em Santiago.
A visita à Judiaria começa no Centro de Informação Judaica da Galiza (Plaza de los Condes de Ribdavia). A seguir, após uma breve caminhada pelas ruas podemos aceder à Casa da Inquisição; uma mansão fortificada com pátio renascentista localizada na esquina das ruas Jerusalém e San Martiño.
A seguir, podemos percorrer o próprio bairro judeu, desde a Plaza Mayor até à Muralha Medieval. Ao chegarmos ao limite da Judiaria encontraremos a muralha do século XII, uma das cinco entradas originais de Ribadavia que existiram na época medieval.
Por fim, se formos ao Herminia Tahona, poderemos saborear doces confeccionados no mais puro estilo sefardita.